O amor precisa ser entendido não como um encantamento biológico —
isso é sensualidade e existe em todos os animais; nada há de especial nisso.
Isso existe mesmo nas árvores; essa é a maneira da natureza se reproduzir.
Nada há de espiritual nisso e nada especialmente humano.
Assim, o primeiro ponto é fazer uma clara distinção entre sensualidade e amor.
A sensualidade é uma paixão cega; o amor é a fragrância de um coração silencioso,
sereno e meditativo. O amor nada tem a ver com a biologia, com a química ou com os hormônios.
O amor é o voar de sua consciência para reinos mais elevados, além da matéria e além do corpo.
No momento em que você entende o amor como algo transcendental, ele deixa de ser uma
questão fundamental.
A questão fundamental é como transcender o corpo, como conhecer algo dentro de você que
esteja além, além de tudo que seja mensurável. Esse é o significado da palavra matéria.
Ela vem da raiz sânscrita matra, que significa medida; ela significa aquilo que pode ser medido.
A palavra metro vem da mesma raiz.
A questão fundamental é como ir além do mensurável e penetrar no imensurável.
Em outras palavras, como ir além da matéria e abrir os olhos para uma consciência maior.
E não existe limites para a consciência — quanto mais você fica consciente, mais percebe
o quanto ainda existe à sua frente.
Quando a pessoa atinge um cume, um outro cume surge à sua frente. Essa é uma peregrinação
eterna.
http://www.youtube.com/watch?v=jf94uiIbItg
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